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"Contrariando o Perigo da História Única. Imigrantes nos Açores na primeira pessoa"

No âmbito da iniciativa EmanCIPA - Ciclo de tertúlias sobre diversidade e discriminações, o CIPA – Centro de Informação e Promoção de Género - promoveu, ontem, dia 21 de junho, na sua sede, uma tertúlia intitulada: Contrariando o Perigo da História Única. Imigrantes nos Açores na primeira pessoa.

A atividade, que contou com o apoio da AIPA, iniciou com o testemunho de três imigrantes residentes nos Açores: Khaleda Rubi de Bangladesh, Alexandra Mirovych da Ucrânia e de Edileia Batista do Brasil. Estas apresentaram o seu percurso migratório e contaram-nos como saíram dos seus países e quais as principais dificuldades que tiveram quando chegaram aos Açores.

Terminadas as apresentações, houve lugar para a exibição de um pequeno vídeo sobre o perigo da história única, com o testemunho de uma escritora nigeriana de nome Chimamanda Adichie. Este vídeo disponível no Youtube, cujo título é cunhado pela escritora, faz alusão à construção do estereótipo de pessoas e/ou lugares, numa perspetiva de construção cultural e de distorção de identidades. Em suas palavras, Chimamanda trata de uma única fonte de influência, de uma única forma de se contar histórias, de se considerar como verdadeira a primeira e única informação sobre algum aspeto.

A propósito, foi questionado às participantes da tertúlia sobre a visão ou história que tinham de Portugal e dos Açores antes de emigrarem.

Ficou claro que dos Açores nunca tinham ouvido falar. Por outro lado, tanto em Bangladesh como em Ucrânia ou Brasil, as escolas ensinavam um pouco da história de Portugal. E do pouco que aprendiam, Khaleda, Alexandra e Edileia recordam, sobretudo, da matéria sobre os Descobrimentos Portugueses.

Publicado: Sexta, 22 Junho, 2012

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