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CNE: «Jovens precisam de exemplos de vida»

Lisboa, 28 Fev (Ecclesia) – O líder do Corpo Nacional de Escutas (CNE), reeleito para mais um mandato, aposta na conclusão da reforma educativa e evangelizadora do movimento, pólo de “cidadania cristã” para milhares de crianças e jovens. “Os jovens de hoje têm um conhecimento muitíssimo maior, são mais exigentes e é preciso que a pedagogia e os métodos do movimento escutista acompanhem o evoluir dos tempos e da sociedade” sublinha Carlos Alberto Pereira, em declarações à agência ECCLESIA. Reconduzido com 92 por cento dos votos, líder da única lista submetida a sufrágio, o chefe nacional do CNE faz uma análise ao mandato anterior e perspectiva o futuro com optimismo. O triénio 2008/2010 marcou o início de um processo de adaptação e mudança do modelo educativo dos escuteiros, que visou “privilegiar a vivência da fé” em todas as secções do CNE, desde os Lobitos até aos Caminheiros. Para isso, o movimento recorreu a “modelos de vida mais próximos”, como os beatos Francisco e Jacinta, “pastorinhos de Fátima”, a Beata Madre Teresa de Calcutá ou o Papa João Paulo II. “Muito mais importante do que dizer é fazer, e os jovens precisam de exemplos de vida” defende Carlos Pereira. Depois de uma experiência piloto em 100 unidades escutistas, o objectivo agora é alargar este novo modelo educativo aos milhares de jovens e crianças que integram o CNE, num esforço acompanhado da respectiva “produção de manuais e materiais de apoio e ainda de uma avaliação permanente”. Paralelamente a esta reforma do programa educativo, os próximos anos deverão servir para reestruturar o sistema de formação do movimento. “Pretendemos que os adultos sejam capazes de exemplificar a vivência dos modelos propostos, mais do que expô-los de forma teórica” reforça Carlos Pereira, indo ao encontro de um dos lemas escutistas, “aprender fazendo”. No campo da responsabilidade social, o seu programa prevê uma acção mais decisiva, por parte do CNE, na promoção do relacionamento humano, sobretudo na “integração” das comunidades imigrantes. “A sociedade portuguesa mudou, hoje temos gente que veio de outros continentes e que, dentro de alguns anos, serão portugueses, os seus filhos também, e a responsabilidade social do movimento não pode deixar passar ao lado esta problemática” conclui. O Corpo Nacional de Escutas é a maior associação juvenil portuguesa, implantado através de mais de 1000 agrupamentos espalhados por todo o continente e regiões autónomas, inserida e enquadrada no maior movimento juvenil mundial. Em Portugal existem 70 mil escuteiros, dos quais 13 mil adultos voluntários. O CNE destina-se à formação integral de jovens dos 6 aos 22 anos de idade, permitindo que cada um seja protagonista do seu próprio crescimento e desempenhe um papel construtivo na sociedade.

Agência Ecclesia, 28 de Fevereiro de 2011.

Publicado: Terça, 01 Março, 2011

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