O presidente do Governo dos Açores alertou, hoje, para a necessidade das regiões ultraperiféricas da Europa lançarem projectos inovadores, aproveitarem as suas potencialidades e defenderem as respectivas mais-valias, através de iniciativas de cooperação em áreas como a biodiversidade, energias renováveis, protecção e gestão de recursos e mobilidade profissional e juvenil.
A opinião foi apresentada aos participantes na XIII Conferência de Presidentes das Regiões Ultraperiféricas da Europa, que reúne até amanhã, no Funchal, delegações dos Açores, Madeira, Canárias, Guiana, Guadalupe, Martinica e Reunião, bem como de Cabo Verde, com estatuto de observador.
Carlos César reforçava, assim, a convicção de que cabe às RUP um papel primordial na construção do seu próprio futuro, sem prejuízo dos esforços que devem prosseguir no sentido de continuarem a exigir, da União Europeia, a adopção de medidas adequadas aos problemas criados pela ultraperificidade.
Referindo-se, especificamente, a alguns sectores, afirmou que, por exemplo, no sector piscatório é necessário criar um programa específico de renovação e modernização das frotas de pesca das RUP e reservar as águas das Zonas Económicas Exclusivas para as frotas locais.
Carlos César chamou, também, a atenção para os constrangimentos que podem resultar para as RUP da extensão, à aviação, das normas relativas à emissão de CO2. Disse o presidente do Governo que, caso não sejam consideradas as especificidades das regiões, os efeitos dessas normas poderão levar ao aumento das tarifas aéreas e, desse modo, prejudicar o seu desenvolvimento económico.
A terminar, referiu que as RUP não podem deixar de reclamar uma série de medidas para solucionar problemas no âmbito do regime de abastecimento, para atenuar a escalada de preços dos produtos e das matérias-primas essenciais, bem como para a continuidade do envelope financeiro adaptado às necessidades dos sectores agrícolas e pecuários.
Publicado: Quarta, 03 Outubro, 2007
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