António Costa sustentou que a grande pressão de imigração que países como a Itália, Malta e Espanha enfrentam não são problemas desses estados, mas sim de todos os europeus. A partir do momento em que um imigrante seja legalizado num país europeu, passa a ter direito a residir e trabalhar em qualquer outro país da União Europeia, frisou o ministro.
O responsável do Ministério da Administração Interna (MAI) falava aos jornalistas no final de um debate no âmbito da reunião do Grupo Socialista do Parlamento Europeu, que se iniciou terça e termina sexta-feira, no Porto.
António Costa sublinhou que a Europa precisa de imigrantes, pelo que deve dotar-se de uma política com regras claras que lhe permita gerir o fluxo de imigrantes, nomeadamente criando canais de imigração legal.Sustentou também que existe grande vontade política de resolver o problema. A política de imigração faz parte da agenda da presidência alemã da UE, no primeiro semestre de 2007, e será uma prioridade da presidência portuguesa, que se seguirá, afirmou o ministro.
Para António Costa é uma questão essencial para a UE que exista uma política de imigração comum. É necessário que haja solidariedade entre os estados-membros na gestão das fronteiras comuns, assim como um partenariado entre a União Europeia e os países de origem das migrações, defendeu.
Costa sustentou ainda que a UE deve estabelecer regras comuns quanto à protecção dos imigrantes. Não são criminosos, mas sim pessoas com aspirações legítimas a viver na Europa, salientou.
Publicado: Quinta, 07 Dezembro, 2006
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