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Alemanha aperta regras e acelera expulsão de migrantes económicos

Texto: Euronews | Foto: Direitos Reservados

A Alemanha está a trabalhar para acelerar os processos de análise de requerimentos de asilo e prepara-se para reforçar a expulsão daqueles que não estão abrangidos pelo estatuto de refugiados. A maior economia da União Europeia (UE) é o destino preferencial dos migrantes e refugiados a caminho da Europa e há receio em Berlim de que, só este ano, quase um milhão de estrangeiros possam entrar e querer fixar-se no país.

As estimativas apontam para que um quinto destas pessoas se enquadre no estatuto de “migrantes económicos” e, por isso, terão de ser deportados. O processo já começou e todas as semanas há aviões a promover o regresso de migrantes, por exemplo, à Albânia. Mas a burocracia vai ser reduzida e as deportações deverão intensificar-se antes mesmo do final de outubro.

Os benefícios sociais germânicos são uma das principais vantagens procuradas pelos migrantes e refugiados, mas os que já viram recusado o pedido de asilo vão perder as ajudas do Governo. “Os que têm de deixar o nosso país, e aos quais foi dado um prazo para o fazer, vão ter os benefícios reduzidos a zero. Apenas vão receber o que for necessário até que deixem o país”, avisou esta sexta-feira o ministro do Interior alemão, Thomas de Maizière.

Com o controlo das fronteiras cada vez mais apertado, milhares de migrantes e refugiados aguardavam esta sexta-feira a autorização para cruzar a fronteira da Eslovénia para a Áustria. Até às duas da tarde, de acordo com a polícia eslovena, citada pelo Ministério do Interior, cerca de 6000 conseguiram passar. Na véspera, tinham sido 10.000. Nas primeiras 14 horas de sexta-feira, mais de 9000 pessoas tinham entrado na Eslovénia, perfazendo mais de 50.000 entradas na última semana.

O destino preferencial dos mais de 680.000 migrantes e refugiados que já entraram este ano na UE será a Alemanha. Em Berlim, estão a ser improvisados centros de acolhimento. O número de pessoas continua a aumentar, as condições estão a deteriorar-se e começa a faltar a assistência, como nos conta Sabine Schweden, dentista: “Temos de contar apenas com as doações, de medicamentos, de utensílios… Temos de implorar por tudo.”

Publicado: Segunda, 26 Outubro, 2015

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