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Estabilidade em África permitirá fim da imigração

Texto: Angop | Foto: Direitos Reservados 

A estabilidade política e o consequente ambiente de paz e segurança podem contribuir para o fim da imigração forçada de milhões de africanos e acabar com a miséria, fome, grandes endemias e atraso sócio-económico e tecnológico.

A afirmação foi feita nesta terça-feira, em Luanda, pelo ministro da Defesa Nacional, João Lourenço, segundo o qual todo o continente e de forma geral a comunidade internacional estão empenhados em encontrar soluções para trazer a paz definitiva.

Ao discursar no acto de abertura da Reunião dos Ministros da Defesa dos Países Membros da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), referiu que esta Região constitui uma família de 12 Estados membros, que há alguns anos reúne-se com regularidade.

Explicou os encontros visam procurar as melhores saídas para a resolução de crises políticas, que causam enorme sofrimento, dor e luto às populações, inviabilizam o investimento e atrasando o desenvolvimento.

Considerou necessária a resolução dos conflitos na República Democrática do Congo (RDC), que se arrastam há décadas, na República Centro Africana, cuja transição deverá dar lugar à criação de novos órgãos de poder, através da realização de eleições.

De igual modo, disse ser necessário resolver a questão no Burundi e consolidar os órgãos eleitos, bem como o conflito no mais jovem Estado africano: o Sudão do Sul.

"A nossa missão é contribuir para a paz e a segurança da região", vincou.

A Reunião dos Ministros da Defesa dos Países Membros da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL) visa, entre outros assuntos, analisar a vertente militar, a actual situação de paz e segurança nesta região.

A República de Angola, que assume desde Janeiro de 2014 a presidência da CIRGL, passou a ter a honrosa responsabilidade de ajudar, com a sua modéstia experiência, na busca da tranquilidade, para que esta parcela do Continente Africano deixe de ser palco de conflitos e guerras.

A estratégia passa por assegurar no continente o crescimento económico e social.

Conflitos ainda latentes nas Repúblicas Democrática do Congo (RDC), Centro-Africana, no Burundi e Sudão do Sul têm criado certa instabilidade de paz e segurança nestes países e na região, na globalidade.

Esta organização regional foi criada após os conflitos políticos que assolaram a região dos Grandes Lagos, em 1994, cujo resultado marcou o reconhecimento da sua dimensão e a necessidade de um esforço concertado para promover a paz e o desenvolvimento.

 

Integram a Conferência Angola, Burundi, República Centro Africana (RCA), República do Congo, RDC, Quénia, Uganda, Rwanda, Sudão, Sudão do Sul, Tanzânia e Zâmbia.  

Publicado: Quarta, 21 Outubro, 2015

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