Texto: TSF | Foto: Direitos Reservados
A Europa não está recetiva a acolher mais refugiados. A cimeira desta tarde já tem preparado um documento que prevê o regresso aos países de origem da maioria dos clandestinos.
Os líderes europeus estão dispostos a criar uma força militar para identificar, capturar e destruir as embarcações que transportam imigrantes clandestinos no Mediterrâneo.
Esta é uma das propostas em estudo pelo líderes europeus que estão apostados em travar o passo aos traficantes fazendo regressar aos países de origem muitos dos que tentam escapar à guerra e à fome.
De acordo com o "The Guardian", apenas cinco mil pessoas vão poder ficar na Europa. O jornal britânico conta que será este o número de lugares que o conjunto dos países da União Europeia vai disponibilizar.
O documento a que o jornal teve acesso revela que a esmagadora maioria dos imigrantes que estão em solo europeu deve ser repatriada. Tendo por base os números de 2014, o "The Guardian" conclui que pelo menos 150 mil imigrantes devem ser obrigados a regressar aos seus países de origem, todos os anos.
O regresso vai ser coordenado pela agência europeia que toma conta das fronteiras, que deverá fazê-los regressar como ilegais. O responsável desta agência afirmou ontem que salvar vidas no mar, não deve ser a prioridade das equipas que patrulham o Mediterrâneo.
O documento revela, também, que não deve ser significativa a expansão das operações de salvamento no Mediterrâneo. Está prevista, apenas, a duplicação das verbas e o reforço dos meios envolvidos na vigilância das fronteiras europeias durante este ano e no próximo.
O rascunho do comunicado final contempla também a operação militar, já noticiada, para destruir nos países de origem os barcos utilizados para transportar imigrantes ilegais.
A cimeira deve ainda aprovar um reforço da ajuda de emergência a Itália, a Malta e à Grécia, os destinos das maioria dos africanos que tentam entrar na Europa pelo Mediterrâneo.
Publicado: Sexta, 24 Abril, 2015
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