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Agrupamento de Escolas de Arganil aposta em cursos para imigrantes

O Agrupamento de Escolas de Arganil aposta nos cursos de Português para imigrantes, tendo em vista a inclusão social do elevado número de cidadãos estrangeiros que nos últimos anos se fixaram nas serranias na região. “Há muitos estrangeiros a residir em Arganil e noutros concelhos vizinhos”, declarou Anabela Soares, diretora do Agrupamento. Em julho, cerca de 30 estudantes com diversas idades, profissões e nacionalidades, radicados na região, concluíram com aproveitamento o primeiro nível do curso Português Para Todos (PPT), uma iniciativa do Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural (ACIDI) que visa a integração dos imigrantes através da aprendizagem da língua. “A aprendizagem da língua do país de acolhimento favorece a inclusão social e profissional dos imigrantes e das imigrantes. O seu conhecimento gera uma maior igualdade de oportunidades para todos, facilita o exercício da cidadania e potencia qualificações enriquecedoras para quem chega e quem acolhe”, anuncia a ACIDI no seu sítio da Internet. Este curso de Português permitirá a obtenção da nacionalidade portuguesa, a autorização de residência permanente e, em alternativa, ao estatuto de residente de longa duração, no nível A2. “Após o curso de iniciação, os interessados podem inscrever-se na continuação, que corresponde a um nível mais avançado da aprendizagem”, declarou Anabela Soares, recém-empossada no cargo de diretora do Agrupamento de Escolas de Arganil. Em 2011, segundo Anabela Soares, uma “pluralidade enorme de pessoas”, oriundas de diferentes países da União Europeia, terminou o primeiro nível do PPT. Este curso assegura conhecimentos de Português a cerca de 30 pessoas de outros países radicadas na zona de Arganil, que “habitualmente não comunicavam” com cidadãos autóctones. “Muitos deles não falavam Português”, sublinhou Anabela Soares, realçando que o curso prosseguirá no próximo ano letivo, retomando o primeiro nível e o seguinte para os alunos que agora concluíram o primeiro ano com aproveitamento. Para a inglesa Mary-Rose Emma Mulholland, “a capacidade de comunicar é indispensável para ter bom relacionamentos com a gente” portuguesa. “À volta de nós, nas aldeias, há gente muito simpática com quem queremos comunicar e conversar”, enfatizou Mary-Rose Emma, em representação dos colegas, na semana passada, numa cerimónia em que alguns finalistas deram largas à sua criatividade. Numa placa em xisto, a rocha dominante da região, oferecida como lembrança a todos os finalistas, o Agrupamento de Escolas de Arganil salienta que “Falar a língua de um povo é fazer parte da sua alma”.

Diário As Beiras, 31 de Julho de 2011.

Publicado: Domingo, 31 Julho, 2011

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