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Acesso à saúde não é igual entre os “27”

A Comissão de Saúde Pública do Parlamento Europeu aprovou o relatório sobre as desigualdades no acesso à saúde apresentado pela eurodeputada Edite Estrela. O documento revela que as desigualdades existem entre Estados-membros e dentro dos próprios países. Diferenças que tendem a acentuar-se com a crise económica. A saúde não está desligada das condições de vida, educação, profissão e rendimentos dos cidadãos e os mais pobres têm mais dificuldade em aceder aos cuidados. Com a situação de crise económica e financeira e o desemprego a aumentar, as disparidades tendem a aumentar, pode ler-se no relatório. No texto votado, esta manhã, no Parlamento Europeu, a deputada socialista Edite Estrela chamou a atenção para essa realidade que se agrava em países menos desenvolvidos e naqueles em que o acesso aos cuidados de saúde não é universal. “Nos Estados-membros menos desenvolvidos a situação é mais grave. Acresce que os sistemas de saúde também não são iguais em todos os Estados-membros. Enquanto em Portugal o acesso aos cuidados de saúde é universal, há Estados-membros onde, por exemplo, crianças filhas de imigrantes ilegais ou mulheres grávidas ilegais não têm acesso aos cuidados de saúde”, disse. E se há menos disponibilidade económica, então é preciso aproveitar os meios que existem, eliminar desperdícios e definir prioridades – recomenda a eurodeputada portuguesa. O documento de Edite Estrela foi aprovado na Comissão com 52 votos a favor, um contra e sete abstenções. Recebeu, entretanto, 204 propostas de alteração que vão ser incorporadas no texto final, a votar no plenário do Parlamento Europeu, em Março.

Rádio Renascença, 25 de Janeiro de 2011.

Publicado: Quinta, 27 Janeiro, 2011

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