O presidente do Governo Regional dos Açores, Carlos César, defendeu nesta sexta-feira, 22, a importância de ser dado um “novo estímulo” à cooperação entre os Açores, a Madeira e as Canárias com Cabo Verde, arquipélagos que são “vizinhos” no Atlântico. “É uma ideia poderosa que deve ganhar um novo estímulo, esta da cooperação entre as três regiões e Cabo Verde. Vamos trabalhar para ver se ganhamos um novo impulso, depois de Cabo Verde ter manifestado um interesse tão veemente”, afirmou Carlos César. O presidente do executivo açoriano falava aos jornalistas em Ponta Delgada, no final de uma audiência com o embaixador de Cabo Verde em Portugal, Arnaldo Andrade, que lhe entregou uma mensagem do primeiro-ministro cabo-verdiano. O diplomata revelou apenas que a mensagem “tem a ver com as relações” entre os Açores e Cabo Verde que, frisou, serem de “longa data e se projectam no futuro”. “Estamos juntos nesta região do Atlântico, temos problemas e desafios comuns e há interesse em saber como os equacionar e fazer avançar no futuro estas relações”, afirmou o embaixador. Carlos César também destacou a “relação histórica” existente entre os dois arquipélagos, mas acrescentou que está a ser estudada “uma organização institucional mais sólida, que permita um maior número de iniciativas comuns (entre os Açores, a Madeira, as Canárias e Cabo Verde)”. Para o presidente do executivo açoriano, trata-se de “aprofundar as relações entre as regiões que povoam o Atlântico Médio”, salientando que esta questão vai ser analisada na próxima semana em Tenerife, nas Canárias, durante a conferência dos Presidentes das Regiões Ultraperiféricas, que terá como convidado especial o primeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria Neves. Carlos César salientou a “grande cumplicidade política” que o une ao chefe do executivo cabo-verdiano, frisando que “a continuidade da colaboração especial de Cabo Verde com a União Europeia é importante para Cabo Verde, mas também para a notoriedade de regiões como os Açores, a Madeira e as Canárias no contexto ultraperiférico”. “Temos uma união natural, que é a da geografia. Apesar da distância, somos os vizinhos mais próximos no Atlântico”, afirmou Carlos César, salientando ainda que todos se conhecem “muito bem”, além de que os Açores, a Madeira e Cabo Verde “partilham uma história comum”. Nesse sentido, o presidente do executivo açoriano frisou que os Açores podem “dar contribuições para os projectos de desenvolvimento de outras regiões e partilhar experiências”, salientando ainda que o reforço da cooperação com Cabo Verde poderá permitir um incremento do intercâmbio dos três arquipélagos europeus com organizações africanas. 22/10/10
Publicado: Segunda, 25 Outubro, 2010
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