O MIPEX, apresentado dia 16 de Outubro na Fundação Calouste Gulbenkian, que representa o mais completo estudo comparativo das medidas relativas à integração de imigrantes, em 28 países (25 Estados-membros da União Europeia, Canadá, Noruega e Suíça) coloca Portugal em segundo lugar, logo a seguir à Suécia, no que diz respeito à proximidade às melhores práticas no âmbito das políticas de integração de imigrantes.
O estudo teve em consideração 5 áreas fundamentais para a integração dos imigrantes:
Acesso ao mercado de trabalho,
reagrupamento familiar,
participação política,
acesso à nacionalidade e
medidas anti-discriminação.
Segundo o relatório, Portugal criou um quadro jurídico para a integração composto por políticas favoráveis e pelas melhores práticas. Os pontos mais destacados nas políticas portuguesas dizem respeito ao acesso ao mercado de trabalho, ao reagrupamento familiar, e à antidiscriminação, ocupando todos o segundo lugar entre os 28 países do MIPEX.
Aqui ficam algumas das razões para a boa qualificação de Portugal neste índice:
Acesso ao Mercado de Trabalho
Após um ano ou menos de trabalho no nosso país, os imigrantes adquirem a possibilidade de aceitarem a maioria dos empregos, tal como os cidadãos comunitários. Se estes possuirem um plano de negócios viável podem mesmo começar uma actividade comercial, chegando assim a criar o seu prórpio emprego.
A segurança no emprego e os direitos dos trabalhadores migrantes correspondem já às melhores práticas na UE, refere o documento.
Reagrupamento Familiar
A eligibilidade para o reagrupamento familiar em Portugal corresponde às melhores práticas a par do Canadá e da Suécia.
Outro factor relavante tem a ver com a segurança que a legislação portuguesa confere a uma família reagrupada, colocando-a em 2º lugar após a Itália.
Também os direitos associados destes familiares são considerados boas práticas neste estudo: Os familiares têm direitos iguais aos do seu reagrupante na aceitação de um emprego e na obtenção de acesso à educação, segurança social e assistência social.
Antidiscriminação
Em matéria de antidiscriminação o MIPEX considera que Portugal alcançou as melhores práticas tanto nas definições e conceitos como nos domínios de aplicação.
Dados sobre a Opinião Pública
Relativamente aos dados sobre a opinião pública, segundo o estudo, os portugueses são dos que mais apoiam a igualdade nos direitos sociais dos migrantes (69,3%) e no direito ao reagrupamento familiar (72,2%). No entanto, 45,2% entendem que os migrantes devem ser capazes de adquirirem facilmente a nacionalidade portuguesa. Seis em cada 10 portugueses pensa que a diversidade é um enriquecimento, embora um número significativo de 1 em cada 10 não tenha opinião formada.
Publicado: Quarta, 17 Outubro, 2007
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