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Tito Paris lança novo álbum, "Acústico" a 26 de Março

compositor e cantor cabo-verdiano, Tito Paris, lança a 26 de Março um novo álbum, "Acústico", o registo do espectáculo que deu na Aula Magna em Lisboa e de três temas gravados em estúdio. Citado pela Lusa, o cantor afirmou que este disco, já editado no estrangeiro, "constitui uma nova etapa" da sua carreira, sucedendo ao "Guilhermina", editado em 2002. Tito Paris, natural do Mindelo, conviveu em menino com os sons cabo-verdianos. O pai tocava banjo e baixo, a avó cantava mornas e coladeras e o avô, além de construtor de instrumentos, tocava violino. "Era um ambiente muito especial - evocou -. Além do mais, ao Mindelo [ilha de S. Vivente] chegavam músicos de toda a parte e isso tudo influenciou a minha formação musical". Neste álbum, Tito Paris canta temas da sua autoria como "Morna PPV", "Estrela Linda" e "Febre di Funáná" e ainda uma versão do internacionalmente conhecido "Sôdade". Esta versão de "Sôdade", apresentada em Novembro passado em Londres, foi qualificada de "espantosa" pelo jornal Times. O cantor cabo-verdiano actuou no Royal Albert Hall a convite de Mariza, no âmbito do Festival Atlantic Waves organizado pela Fundação Gulbenkian. "O melhor momento da noite foi a fugaz aparição do elegante cabo-verdiano Tito Paris, que acompanhou Mariza numa encantadora morna em dueto, seguido por uma espantosa versão de `Sôdade`", escreveu o crítico do diário londrino. Em "Acústico", Tito incluiu ainda três "clássicos" da música cabo-verdiana gravados em estúdio: "Tchapêau di Padja", "Xandinha" e "Galo Bedjo". Definindo a sua música, Tito insere-a "na vertente da world music com uma forte raiz cabo-verdiana, mas absorvendo múltiplas influências quer africanas quer do Brasil". "Na minha cabeça - afirmou - estou sempre fazendo jogos musicais, associando sons que oiço na rua com sons da contra-costa africana e do Brasil, que, musicalmente, tem uma forte influência em Cabo Verde". O cantor gosta "dos grandes palcos e de tocar com outros músicos, um grupo de cordas, sendo indispensáveis os metais". Actualmente, está em digressão na Holanda, onde tem recebido elogios da crítica. Referindo-se aos seus concertos nos palcos holandeses, a revista holandesa Trouw escreveu: "Tito arrebatou a audiência, com a sua voz de um rouco aveludado, personificando o desejo por Cabo Verde". O disco será apresentado à imprensa portuguesa sexta-feira, dia 21 de Março, na Casa da Morna, em Lisboa, onde habitualmente o músico toca e canta. Este é o oitavo álbum de Tito Paris que, como músico, começou por tocar violão, depois baixo, bateria, e outros instrumentos, incluindo o cavaquinho cabo-verdiano. Em 1982 Tito integrou a banda de Bana, um dos mais internacionais cantores cabo-verdianos, e três anos mais tarde editou o seu primeiro álbum a solo, "Fidjo Maguado", exclusivamente instrumental. Em meados da década de 1990, Tito e a sua banda gravaram "Dança ma mi criola", que se torna um dos seus temas emblemáticos, seguindo-se "Graça de tchega", em 1996, e "Ao vivo no B. Leza", em 1998. Tito Paris planeia já a edição de um novo álbum de originais, ainda este ano. Recorde-se que Tito Paris é sócio honorário da AIPA.

Publicado: Terça, 06 Março, 2007

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