O presidente do Governo Regional ofereceu ontem em São Miguel um almoço de Ano Novo à comunidade de imigrantes a residir nos Açores, uma iniciativa inédita que reuniu à mesa cerca de 300 pessoas.
Para Carlos César, a presença crescente de imigrantes no arquipélago é sinal de que os Açores estão a crescer economicamente e de que vale a pena viver nas ilhas. Os Açores são uma terra de convivência e pluralidade, afirmou o chefe do Executivo, ao acrescentar que o almoço serviu para dizer que consideramos açorianos todos os que trabalham nos Açores e pelos Açores.
Dados da Direcção das Comunidades indicam que residem no arquipélago cerca de oito mil imigrantes de 70 nacionalidades, a maioria em São Miguel.
Após 50 anos a viver na maior ilha açoriana, Djuta Ben David, natural de Cabo Verde, confessou à agência Lusa sentir-se honrada com esta iniciativa, considerando tratar-se de um justo reconhecimento a todos os imigrantes que escolheram viver na Região.
É realmente uma maravilha terem-se lembrado de nos homenagear, frisou a imigrante de 77 anos, uma das primeiras a ir morar para os Açores, após o marido ter sido contratado para treinar a equipa de futebol do Santa Clara.
Para o presidente da Associação de Imigrantes nos Açores (AIPA), o gesto de César, mais do que cortesia, vem demonstrar que a sociedade açoriana é cada vez mais multicultural.
A AIPA ofereceu ao presidente uma pintura de um imigrante americano a residir nos Açores há mais de 20 anos e que representa um barco e o mar como símbolo da partida e chegada de pessoas às ilhas. ||
Publicado: Segunda, 08 Janeiro, 2007
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