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Empreendorismo: Cidadãos imigrantes são os novos residentes do BES

Publicado em 07-04-2006 Tema: Notícias Segundo uma notícia do Jornal de Negócios, ao nível do empreendorismo, os cidadãos imigrantes, constituem uma nova aposta comercial. "Um em cada TRÊS imigrantes que obtêm autorização de residência em Portugal quer montar o seu negócio próprio, um micronegócio que passa pela criação do próprio posto de trabalho e que se traduz num investimento que ronda os cinco e os 10 mil euros. Para o sector bancário, este fenómeno social - e em especial esta apetência empreendedora - é mais uma oportunidade comercial, mais um nicho de mercado a explorar. Mas não só. O Banco Espírito Santo (BES) quese prepara para lançar uma linha de microcrédito para financiar o emprendedorismo imigrante, bem como um conjunto de produtos e serviços integrados destinados aos imigrantes a viver e a trabalhar em Portugal - acredita que a bancarização financeira "assume um papel protagonista incontornável no processo de integração social". "Há que olhar para a imigração como uma questão estrutural e não conjuntural, pois este é um fenómeno que vai afectar de forma definitiva a composição da sociedade portuguesa com benefícios a longo prazo. As comunidades vieram para ficar e, se assim é, têm necessidade de serviços financeiros", afirma Jorge Portugal, director coordenador responsável pelo segmento de imigrantes do BES. Que internamente adquirem agora a designação de "novos residentes". Trata-se de uma mudança cultural em curso nas próprias estruturas do banco, garante o responsável. A tónica é posta em acções de formação e de comunicação interna dirigidas, em particular, à rede comercial do BES, que tem vindo a ser sensibilizada para "o potencial destes clientes", explica Jorge Portugal. Para facilitar o processo de intermediação cultural, o banco está também a apostar no recrutamento de promotores bancários nas comunidades imigrantes. A oferta especializada de serviços e produtos financeiros, adaptados às necessidades e aos ciclos de integração das comunidades imigrantes, o BES adiciona uma política de qualidade de serviço assente também na não-discriminação, o que, no caso de um imigrante, tem impacto nomeadamente ao nível da simplificação dos processos. No crédito à habitação, por exemplo, os critérios de análise do risco são uniformes, não diferenciando cidadãos nacionais e imigrantes. Sem qualquer tipo de discriminação que, a haver, "quanto muito é positiva porque há produtos exclusivos para estes novos residentes", afirma Jorge Portugal. É o caso da nova linha de microfinanciamento, posta em marcha através de um protocolo com a Associação Nacional do Direito ao Crédito. E que, no caso dos novos residentes, tem nas associações imigrantes a sua primeira linha de captação, dando origem a "gabinetes informais" de proximidade com estas comunidades. Sem escamotear o potencial de negócios (ver caixa), o BES enquadra a sua política de aproximação às comunidades imigrantes no âmbito do programa Realizar Mais, que define a esfera de actuação do banco em matéria de responsabilidade social. Porquê integrar? "Porque acreditamos que, no longo prazo, uma sociedade rica, mais estável, com paz social e bem estar traz vantagens para a economia e para o negócio. A nossa perspectiva de responsabilidade social revela-se quando fazemos o 'targeting' desses clientes, permitindo-lhes uma integração social mais satisfatória", defende Jorge Portugal. O BES EM COMUM O novo posicionamento do Banco Espírito Santo está a ser comunicado através do mote Temos o BES em comum". Trata-se de uma campanha, multimeios apoiada em suportes bilingues, em português e nisso, desenvolvida pela BBDO. Esta acção tem também uma componente de "marketing relacionar, que se desenvolve através do envio de informação à base de cientes BES oriundos de outras comunidades. De imigrantes a novos residentes A adopção do termo "novos residentes" não se reduz apenas a uma questão semântica, traduzindo também uma abordagem de marketing e comercial do BES. "Obviamente que há aqui um potencial de negócio. Mas sem paternalismos ou complexos. Os novos residentes não são clientes diferentes dos restantes", afirma Jorge Portugal, director coordenador responsável pelo novo segmento. Os objectivos do banco para 2006 prevêem a captação de cerca de 100 mil clientes, dos quais 16 mil deverão ser cidadãos imigrantes. Em algumas regiões do País, nomeadamente a Sul de Coimbra, os novos residentes poderão representar cerca de 30% das novas captações", acredita o responsável. 3-5 anos Tempo necessário para um cliente imigrante assumir um perfil de utilização de produtos financeiros semelhante ao cliente nacional. 127.000 Número de imigrantes que estarão em condições de obter autorização de residência e abrir um negócio próprio em Portugal. Iniciativa BES com apoio Jornal de Negócios A conferência "Uma Nova Visão para o Empreendedorismo Social em Portugal" realiza-se no dia 11 de Abril terça-feira, no CCB, em Lisboa, às 11 horas." Elisabete de Sá Jornal de Negócios

Publicado: Segunda, 10 Abril, 2006

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