Segundo uma notícia da Agência Lusa, de 5 de Abril, "Os países membros da União Africana (UA), reunidos em Argel, aprovaram um plano de acção sobre a imigração ilegal, que apresentarão proximamente à União Europeia (UE) de forma a alcançar o consenso de ambas as partes.
O conteúdo do acordo será exposto numa reunião conjunta entre representantes africanos e da UE que terá lugar na capital líbia nos próximos dias 05 e 06 de Junho.
O ministro argelino para os assuntos africanos e magrebinos, Abdelkader Mesahel, sublinhou em conferência de imprensa que um dos aspectos principais do plano africano assenta em propor acordos bilaterais entre países "exportadores" de mão-de-obra e os países desenvolvidos.
Entre os pontos principais do plano destaque para a proposta de acordos bilaterais com países europeus, o favorecimento de condições de emprego para jovens em países africanos e a adopção de "medidas efectivas" no plano jurídico destinado a lutar contra a imigração ilegal.
O governante argelino destacou que os governos africanos querem combater com os seus próprios recursos as redes de tráfico de seres humanos, mas necessitam do apoio europeu para conseguir reduzir a pobreza e criar empregos nos próprios países.
O ministro estimou, por outro lado, que os conflitos armados que persistem em África são uma das causas dessa imigração descontrolada, pelo menos tanto como as causas sociais e económicas.
"Consideramos que a ajuda ao desenvolvimento que as nações industrializadas nos possam dar representa uma das maiores linhas mestras para combater a imigração ilegal", defendeu.
Nesse sentido, a reunião em Argel recordou que na primeira cimeira África-Europa, realizada no Cairo, em Abril de 2000, ficou determinado que os europeus passavam a doar 0,7 por cento do seu produto interno bruto (PIB) para a ajuda ao desenvolvimento do continente africano."
HAK.SV.
Lusa
Publicado: Quinta, 06 Abril, 2006
Retroceder