Freitas do Amaral, tenciona «promover uma campanha de esclarecimento em Portugal para que todos os portugueses que potencialmente estejam interessados em emigrar para o Canadá não caiam na esparrela de ir com visto de turista por seis meses e depois querer legalizar-se, porque isso não é possível à face da lei do Canadá».
O ministro dos Negócios Estrangeiros disse que «já estão decididas há mais de um mês mais de cinquenta deportações (de portugueses) que vão ser executadas em Abril e Maio» pelas autoridades canadianas, escreve a Lusa.
«O que acontece é a situação normal dos últimos anos, como existe em Portugal, que é a de que os imigrantes ilegais que não tenham condições para se legalizar têm de sair do país», disse, sublinhando que «as leis de imigração são para cumprir».
«Existe, quer cá quer no Canadá, um número avultado de conselheiros de imigração, engajadores, que de uma forma ilegal e muito prejudicial para os portugueses, a cobro de importâncias absolutamente exageradas, fala-se em 10 mil a 12 mil dólares por pessoa, lhes aconselham caminhos que não conduzem a nada», afirmou, sublinhando que «quem quer legalizar-se no Canadá tem de obter a documentação necessária cá, antes de partir».
À chegada a Lisboa depois de uma visita de três dias ao Canadá, na sequência da deportação de portugueses imigrantes ilegais neste país, Freitas do Amaral revelou que «a partir da próxima semana vão iniciar-se conversações oficiais semanais entre a embaixada de Portugal e o Ministério da Imigração canadiano para se analisarem os vários problemas pendentes, porque há de facto muitos emigrantes portugueses no Canadá sem trabalho».
Freitas do Amaral afirmou ainda ter pedido às autoridades canadianas um Consulado na embaixada deste país em Lisboa, «para não obrigar quem pretenda emigrar para o Canadá a deslocar-se a Paris para tratar dos seus documentos».
Segundo o chefe da diplomacia portuguesa, as autoridades canadianas prometeram para breve «números rigorosos acerca das expulsões de imigrantes portugueses e imigrantes de outras comunidades» e também «dados sobre cada um dos imigrantes» portugueses que receberam ordem de expulsão.
«A este respeito, quero dizer que não é verdade aquilo que alguns emigrantes chegados a Lisboa no fim-de-semana passado disseram, de que só tinham sabido que tinham de voltar para Portugal com uma antecedência de oito dias», disse.
Publicado: Segunda, 03 Abril, 2006
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