O presidente mexicano, Vicente Fox, acompanhou nesta quinta-feira o presidente americano, George W. Bush, em um passeio turístico por ruínas maias, antes de iniciar conversações para persuadi-lo a apoiar uma reforma nas leis de imigração.
Fox ofereceu intensificar a segurança na fronteira do México com a Guatemala para reduzir o fluxo de imigrantes, informaram fontes do governo mexicano. Milhares de latino-americanos usam a fronteira entre a Guatemala e o sul do México para alcançarem os EUA.
No encontro desta quinta-feira, Fox também propôs a Bush reprimir o tráfico de pessoas e buscar esquemas de desenvolvimento no México para reduzir o fluxo de emigrantes para os EUA.
As propostas têm o objetivo de ajudar Bush a convencer um cético Congresso americano a deixar mais mexicanos trabalharem legalmente nos Estados Unidos.
Bush, Fox e premier canadense, Stephen Harper, reuniram-se nesta quinta-feira no balneário mexicano de Cancún. Eles visitaram um complexo de pirâmides de 1.500 anos em Chichen Itza, onde arqueologistas acreditam que ocorriam sacrifícios humanos.
Foi um passeio turístico raro para Bush, que geralmente mantém uma agenda diplomática apertada. Houve especulações de que o presidente americano teria interesse em reavivar relações mais próximas com Fox.
- Este é um bom começo para uma série muito importante de discussões - disse Bush, depois de visitar as ruínas.
Houve protestos de moradores locais contra a presença de Bush.
O Senado americano abriu debate na quarta-feira para decidir se vai atender o pedido de Bush de promover uma reforma. As mudanças estudadas incluem a criação de um programa de trabalhadores temporários. Parte dos doze milhões imigrantes ilegais também ganhariam cidadania americana.
Conservadores do Partido Republicano, normalmente aliados de Bush, rejeitam o projeto e querem construir uma cerca ao longo de um terço da fronteira entre EUA e México, além de tornar crime a imigração ilegal. Centenas de milhares de imigrantes ilegais têm se manifestado em cidades americanas contra o projeto.
Estimativas indicam que há seis milhões de mexicanos ilegais nos Estados Unidos.
Reuters/O Globo/Globo Online
Publicado: Sábado, 01 Abril, 2006
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