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Presidente da África do Sul condena onda de violência anti-imigração

Texto: Vermelho | Foto: Direitos Reservados 

O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, condenou, nesta quinta-feira, 16 de abril, a onda de violência contra os imigrantes ocorrida na província de Kwazulu Natal e em Johannesburgo.

 

 Zuma proferiu, na quarta-feira, um discurso pela televisão pedindo calma e a cessação dos ataques contra os imigrantes que vivem no país. Em um pronunciamento no Parlamento, o presidente sul-africano condenou mais uma vez os ataques que, segundo ele, "são opostos aos valores democráticos, os direitos civis e a dignidade humana."

Até o momento, pelo menos cinco pessoas morreram durante o distúrbio. O governo reforçou o pedido para que as forças policiais protejam os estrangeiros e os habitantes locais.

China reclama

Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China disse na quinta-feira que a China já apresentou reclamações solenes diante da África do Sul pelos ataques xenofóbicos contra cidadãos chineses.

Muitas lojas de propriedade de chineses foram roubadas durante a recente onda de violência, que foi provocada pelas crescentes queixas de habitantes locais de que os estrangeiros ingressaram no país ilegalmente, dedicaram-se ao comércio ilegal e cometeram crimes.

Pelo menos seis pessoas morreram, em sua maioria estrangeiros, por causa da violência que começou em 25 de março. Mais de 100 lojas de propriedade de estrangeiros foram queimadas e milhares de cidadãos estrangeiros foram deslocados.

A embaixada e consulados chineses na África do Sul expressaram sua compaixão aos cidadãos chineses que foram roubados pelos decepcionados nativos e apresentaram queixa à polícia local. Demandaram que medidas imediatas e efetivas sejam tomadas para proteger a segurança pessoal e de propriedade dos chineses, disse o porta-voz Hong Lei.

“Através de diversos canais, a embaixada e consulados chineses na África do Sul também emitiram alertas de risco para recordar os cidadãos e empresas chineses que reforcem as medidas de segurança”, afirmou.

O porta-voz disse que a chancelaria chinesa, assim como a embaixada e os consulados chineses na África do Sul, continuará muito atenta à situação e defenderá a segurança, os direitos e os interesses legítimos dos cidadãos chineses.

Publicado: Segunda, 20 Abril, 2015

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