Com a crise económica que o país atravessa, a discriminação no arquipélago pode aumentar. A opinião é do presidente da Associação dos Imigrantes nos Açores (AIPA), que falava em entrevista à Atlântida.
Perante a conjuntura atual, em que existem poucas oportunidades de emprego, Paulo Mendes teme que a discriminação, relativamente aos imigrantes que residem no arquipélago, possa crescer. Em causa está o facto de a população querer garantir a estabilidade dos “seus”. Por isso, o presidente da AIPA sublinha que é necessário criar o conceito de “nós”. Nos Açores, vivem cerca de 3500 imigrantes. Paulo Mendes mostra-se preocupado com os níveis de desemprego desta franja da população, cuja taxa é superior à do arquipélago. O presidente da AIPA salienta que as perspetivas para 2013 são ajudar as famílias estrangeiras que têm mais dificuldades económicas, assim como fazer com que o tema da imigração não seja esquecido na agenda política e pública, da região. Paulo Mendes sublinha ainda que os imigrantes mais afetados com a crise, nos Açores, são os que trabalhavam nas obras públicas e serviços. O presidente da AIPA avança mesmo que alguns deles optaram por voltar para o seu país de origem, dada a escassez de oportunidades na região.
Autor/Fonte: Rádio Atlântida
Publicado: Terça, 29 Janeiro, 2013
Web Development Via Oceânica 2009
Site em revisão para a adoção do novo acordo ortográfico.