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Cooperação: Sampaio quer estabilidade nas relações com Angola

A realização de uma conferência do investimento bilateral foi abordada por Sampaio com o Presidente angolano. O Presidente da República, Jorge Sampaio, defendeu ontem em Luanda a necessidade de estabilidade nas relações bilaterais com Angola, independentemente dos governos que estejam em funções, considerando que essas relações são do interesse dos dois países. "Ultrapassadas questões de natureza emocional, é importante que as relações entre Angola e Portugal sejam estáveis, quaisquer que sejam os governos nos dois países, porque essas relações são do interesse dos dois Estados", afirmou o chefe de Estado. Sampaio, que falava numa conferência de imprensa, manifestou um "regozijo particular" por estar presente nas comemorações do 30° aniversário da independência de Angola. "Este novo ciclo caracterizase por uma paz que se consolida e por um grande interesse (no fomento das relações bilaterais) por parte dos governos, da opinião pública e dos agentes económicos dos dois países", afirmou. Para Sampaio, há "sinais encorajadores de que o desenvolvimento [de Angola] será consolidado". O Presidente português salientou que as relações bilaterais "estão em bom nível do ponto de vista político". Nessa perspectiva, disse ter analisado com o Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, a possibilidade de se realizar uma "conferência de investimento bilateral". "Portugal vê com bons olhos o investimento angolano", frisou. Questionado sobre a relação da população portuguesa com a comunidade imigrante angolana que reside em Portugal, Sampaio considerou-a "estável, de compreensão e entendimento", mas admitiu que "há problemas para resolver". "Temos que ter a noção de que uma política de integração forte, de legalidade e com condições de trabalho, saúde e educação, é um factor que ajuda à integração", afirmou Jorge Sampaio. A realização da II Cimeira África-Europa, que considerou "muitíssimo importante", foi também abordada por Sampaio com José Eduardo dos Santos. "Tem havido problemas, mas vamos continuar a desenvolver esforços que conduzam a essa cimeira", afirmou. LUSA Público

Publicado: Sexta, 11 Novembro, 2005

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